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De Goiânia a Harvard: brasileira conquista honraria máxima e medalha de ouro na universidade mais prestigiada do mundo
Sarah Aguiar Monteiro Borges deixou Goiânia com o sonho de estudar no exterior e voltou ao Brasil com um feito histórico: o diploma de Psicologia pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a medalha de ouro da turma e o prêmio Sophia Freund Prize — reconhecimento concedido ao aluno com o melhor desempenho acadêmico do ano. Ela não apenas se formou como bolsista em uma das universidades mais concorridas do mundo, como também se destacou entre quase 2 mil colegas da turma de 2025. Sarah concluiu o curso com louvor, recebendo a menção summa cum laude, uma das maiores distinções acadêmicas possíveis. É a primeira vez que uma brasileira conquista o Sophia Freund Prize, que exige um padrão de excelência extremamente alto.
Emocionada com a conquista, ela escreveu nas redes sociais:
“Meu eu de 17 anos, que sequer havia escrito uma redação em inglês, jamais imaginaria se formar em Harvard com a maior nota da turma.” E sua trajetória promissora continua. Sarah foi aprovada para o doutorado em Psiquiatria na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, com uma das bolsas mais disputadas. Já se prepara para os próximos desafios acadêmicos e deixa um recado inspirador. “Saio com a convicção reforçada no poder de uma boa educação para abrir portas — e mentes — e na importância de mantê-las abertas para todos.” Reconhecimento inédito. Nos EUA, especialmente em Harvard, o título summa cum laude é raro e reservado aos estudantes com desempenho excepcional. Além de notas altíssimas, é preciso demonstrar excelência constante, engajamento e consistência ao longo do curso. Em 2025, apenas 54 alunos foram contemplados com essa honra. Sarah também recebeu um prêmio simbólico de mil dólares, mas o verdadeiro valor está no impacto de sua conquista: representar o Brasil, como mulher, bolsista e estudante de escola pública, no mais alto nível da educação mundial.
Desde pequena, Sarah demonstrava sensibilidade para as dores do mundo. Essa empatia a levou à Psicologia e, depois, à pesquisa científica. Em Harvard, ela focou em entender como o estigma da saúde mental afeta o acesso ao tratamento, especialmente entre jovens em situação de vulnerabilidade. Sua pesquisa revelou que o preconceito ainda é uma das principais barreiras para quem precisa de ajuda. Em Cambridge, continuará investigando quais abordagens terapêuticas são mais eficazes em diferentes contextos, sob orientação da professora Dra. Sharon Neufeld. O objetivo: encontrar soluções reais para quem mais precisa. Sarah também se destacou como líder. Foi a primeira mulher brasileira a presidir a Associação de Harvard para a Democracia nas Américas, organização de grande relevância dentro da universidade. Durante seu mandato, trouxe de volta ao Brasil, após 30 anos, a conferência Summit of the Americas. Seu colega Eduardo Vasconcelos, ex-presidente da associação, fez uma homenagem pública: “Ela é um exemplo vivo de que a criatividade, a curiosidade intelectual, a dedicação e a persistência dos jovens não conhecem limites.” Apesar das conquistas extraordinárias, Sarah segue com os pés no chão e o olhar voltado para as origens e para quem ainda não teve as mesmas oportunidades. “Sinto uma forte responsabilidade de usar minhas oportunidades para melhorar o bem-estar daqueles que frequentemente são ignorados pela pesquisa e pelas políticas públicas,” afirmou em entrevista. Na despedida de Harvard, ela resumiu sua jornada com uma frase que traduz esperança e propósito:
“Depois de muitas aventuras inesperadas, encerro esse capítulo como comecei: com sonhos esperançosos de contribuir para um futuro melhor.”
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