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Conflito entre Irã e Israel se intensifica com ataques de mísseis e drones

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Explosões foram registradas sobre Tel Aviv e Jerusalém na noite desta sexta-feira (horário local), enquanto sirenes de alerta soavam em várias regiões de Israel. O Exército israelense confirmou que os disparos partiram do Irã. A agência estatal iraniana IRNA informou que centenas de mísseis balísticos foram lançados em retaliação a uma ofensiva israelense que atingiu a instalação nuclear subterrânea de Natanz e matou líderes militares iranianos de alto escalão. O Exército de Israel relatou que pelo menos sete locais em Tel Aviv foram atingidos, orientando a população a buscar abrigos e aguardar novas instruções. Não há, até o momento, relatos confirmados de mortos ou feridos.

Em resposta, Israel anunciou o início da “Operação Leão em Ascensão”. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, acusou Israel de ter iniciado a guerra. Mais de 100 drones iranianos foram lançados contra Israel, segundo fontes militares, mas autoridades israelenses afirmaram que todos foram interceptados. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que ainda há tempo para o Irã interromper sua ofensiva e retomar negociações sobre seu programa nuclear. Apesar da escalada, ele disse que as conversas previstas para domingo com Teerã ainda estão mantidas, embora não haja certeza de que ocorrerão. Enquanto isso, a mídia iraniana noticiou explosões nos arredores de Teerã, em Fordow e em Isfahan — esta última, outra instalação nuclear iraniana, também alvo de bombardeios israelenses. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, afirmou que a campanha militar continuará até que a ameaça iraniana seja neutralizada. “Esta geração se manterá firme e garantirá nosso futuro comum”, declarou em discurso televisivo. Segundo fontes regionais, ao menos 20 comandantes militares iranianos e seis cientistas nucleares foram mortos. Entre os generais está Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária. O general Mohammad Pakpour foi nomeado como substituto e prometeu retaliação: “As portas do inferno se abrirão para o regime que mata crianças”, disse ele em carta lida na TV estatal.

A tensão provocou pânico em várias cidades iranianas. Moradores relataram explosões, medo generalizado e tentativas de deixar o país. A mídia estatal mostrou imagens de prédios destruídos, alegando que os ataques mataram cerca de 80 civis e feriram mais de 300. O Irã enfrenta dificuldades para reagir por meio de aliados regionais após perdas significativas com o enfraquecimento do Hezbollah no Líbano, do Hamas em Gaza e da queda do regime sírio de Bashar al-Assad. Ainda assim, um míssil lançado do Iêmen — por milicianos houthis aliados de Teerã — caiu em Hebron, na Cisjordânia, ferindo três crianças, segundo o Crescente Vermelho Palestino. A escalada provocou aumento no preço do petróleo bruto, embora não haja relatos de danos diretos à produção ou armazenamento. A OPEP afirmou que, por ora, não vê necessidade de alterar a oferta. Por fim, autoridades israelenses disseram que ainda é cedo para avaliar a extensão dos danos à instalação de Natanz, onde o Irã enriquecia urânio em níveis considerados críticos por países ocidentais. O governo iraniano insiste que o programa nuclear tem fins civis, mas o órgão de vigilância da ONU afirmou recentemente que Teerã está violando o tratado global de não proliferação.