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Kendrick Lamar no Super Bowl LIX: Entenda importância do show
Rapper fez apresentação repleta de representatividade; Samuel L. Jakcson, SZA e Serena Williams participaram de show
Kendrick Lamar fez história no domingo (9), ao ser o primeiro rapper solo a se apresentar no Halftime Show do Super Bowl. Além disso, outro feito alcançado pelo cantor foi o de recorde de audiência do show do intervalo nos Estados Unidos, marca que pertencia a Michael Jackson desde 1993.
Acima de tudo, no Mês da História Negra nos Estados Unidos, Kendrick Lamar revolucionou a apresentação do intervalo com uma equipe composta apenas de homens e mulheres negros.
“Storytelling. Acho que sempre fui muito aberto sobre a narrativa de histórias em todo o meu catálogo e minha história da música”, disse Lamar, em entrevista realizada dias antes do show. “E sempre tive uma paixão em trazer isso para qualquer palco em que eu esteja – essa sensação de fazer as pessoas ouvirem, mas também verem e pensarem um pouco”.
As cores vermelho, branco e azul dominaram os figurinos dos dançarinos, assim como as luzes. Durante a apresentação, as cores eram utilizadas para representar a bandeira americana, de uma forma peculiar. Então, entende-se que o objetivo de Lamar era ilustrar o momento de instabilidade que o país norte-americano está enfrentando.
“A revolução está prestes a ser televisionada. Vocês escolheram o momento certo, mas o cara errado”, afirmou Lamar, durante o show. Logo, pode-se interpretar a fala como uma chamada direta ao momento atual que os EUA vivem e ao presidente Donald Trump, que estava presente no jogo.
Samuel L. Jackson como Tio Sam
O ator Samuel L. Jackson foi convidado pelo rapper para se caracterizar de “Tio Sam”, personagem histórico da cultura estadunidense e a personificação dos Estados Unidos. A escolha por Jackson vai além do tom de pele, uma vez que o ator é uma pessoa publicamente ligada a movimentos negros, como o “Black Lives Matter”.
Além da escolha simbólica de chamar um homem negro para interpretar um personagem que sempre foi representado como branco, as falas de Samuel chamam atenção por escancarar, internacionalmente, como o sistema estadunidense vê, monitora e policia a cultura negra e aqueles que a ela pertencem.
“Alto demais, imprudente demais, gueto demais!”, disse Jackson, durante a performance. “Sr. Lamar, você realmente sabe como jogar o jogo? Então, seja mais rigoroso”.
“É isso que a América quer, legal e calmo, você está quase lá, não estrague tudo”, falou em outro momento.
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